Todavia A Praia Morria; Ao Enfim Do Sim
Todos os conteúdos se despiram em um verde suspiro;
imagino qual rito, (im)preciso, fez sussurar o Mito, ˜˜˜
digo : jamais, capataz, decifrei a luz do sussurro,,,,,,,,,,,,
urro ao mar Aval ou Sal de resposta ______ ? ______
grossa, cigana do imaginário, se revela a vela da Dor,,,,
ardor do fel no ato do soluço () do adeus
adeus tão teu, assim, sem mais saída, todo Meu ((( )))
deu nisso : tanto lixo no tal conteúdo despido – –
isso, mais que muito-isso, a Dissipação Mítica >>>>>>>
fictícia foi a maneira que eu te amei,,,,,,,,,,………,,,,,,,,,,,,
criei em mim a areia, a vaia da Perdição (:) ++++++++ ,
ação da facção de deuses que me condenaram (˜˜!˜˜)
aprovaram tudo aquilo que se vai sem ter um Fim
quando a Praia morria, dizia sem assim dizer, Sim.
Da Grécia : Grinalda, Puta & Cinzas
Era eu a zorra “”de teu espelho partido,
ferido, Narciso, caia da aura do sentido;
desfiro o poema morto sem nunca ter nascido
Resisto ao estoico destino nunca, pois, vivido
isso! Deixei, aquilo-esquilo, sim, virar Mito
Pirro-Sísifo, personagem de ti, vírus descabido
partido-espelho : zorra, em espanhol, traduzido
Da Alemanha : A Travessia
Se por destino ou própria culpa
fiz que não li essa frase de Goethe;
segui na terra das tormentas, a ementa
do rio sem água, dos poços de argila
da areia cega ou doutrina sem crina;
o entrevero do vazio é Ser sem o vazio
por isso, a culpa, oh trapézio do destino.
Da Rússia : Subterrâneo, Submissão & Salitre
Contigo fui Deus e isso não foi pouco
ao além de todas as perdas, os fantasmas,/
plasmas, abas, asmas do que não ficou;
restou a lamparina, toda de si, escapou > >
em nossa vida não havia mais nada a se ver
ser a rotina da persiana, ui-ah, bile e sina
torpor-alma tentando escapar de Dostoiévski
o remorso por ter sido mais uma Anna Karenina
Da Inglaterra : Keats, Hospício Em Alto Mar
Espuma aberta, enlaçada em sirenes
ventres de Fanny Brown doidos de sede
prece-pressa dos casulos afogados
libados ziguezagues de petróleo-chama
ama, ¡ , perfeita escuma-humana da loucura
Resumo De Quando A Praia Morria,
Sem Dizer Mais Nada.
Estou existindo como se não mais
estivesse vivendo
Estou vivendo como se não mais
estivesse existindo
O proceso do tempo é uma escultura
de metais entrelaçados
O processo de metais entrelaçados
é uma escultura do tempo
Resta-me contemplar essa arte desgraçada
sem mais chorar as perdas
Resta-me contemplar sem chorar perdas
essa arte desgraçada,
esses metais entrelaçados,
essa escultura do tempo
que se tornou minha Liberdade,
a Idade Do Vazio No Infinito.
Sol em Peixes, ascendente em Escorpião, Fernando Naporano registra sua existência em tempo elástico. Escreve poesia desde a infância. Tem dez livros publicados em países como Espanha, Portugal e Inglaterra. É músico, jornalista e professor. Publicou críticas, ensaios e entrevistas nos maiores veículos da mídia brasileira por 25 anos. Executou vários trabalhos em rádios, televisão e companhias discográficas. Também pilotou a cultuada banda Maria Angélica Não Mora Mais Aqui com a qual gravou três Lps. Sem raízes, cidadão do mundo, já viveu em Los Angeles, Madrid, Lisboa, Lanzarote e Londres.