SOSSEGO
Altas horas
Recolhida noite
Os olhos
Fecho Para dormir
Com
Os efeitos
Dos remédios
A cama convidativa
Se cruzam parece
Todas as ruas
E avenidas em mim
Sem loucos
E ranhetas Veículos
Torpedeando o silêncio
DESEJO MARINHO
Na imensidão escura
Sem boia
De salvamento
Um barco à deriva
Inatingível a lua
Indiferentes velozes
Passam as altas ondas
Na tormenta
Sem indicar destino
Nelas o mar levantado
Seguro um porto
Para ancorar
Há que esperar
Mostrar a direção
Surgido um farol
PAZ
Em tudo
O ar de sua graça
Dar sorrisos
No sol acendendo o dia
Lábios tomando
De vitórias
Despertos cantos
Saudando
A eterna manhã
De curtida paz
Pela lavra
De fraternas dadas
Mãos
Carlos Gramoza Vilarinho é natural de Boa Esperança, município de Amarante – Piauí em 08/01/1958. Publicou Tempos Perplexos – Dpto de Cultura da Universidade Federal do Piauí – Teresina-PI-(1993), Passos Oblíquos – Fundação Cultural do Piaui/Prefeitura Municipal de Amarante – (1994), Ressacas – Edição independente – Teresina (2018) e Escambo (Kotter Editorial), 2023.
Colaborou na Revista portuguesa inComunidade; na Revista mexicana Sky Culture Magazine e no Salão virtual internacional de artes e literatura.