Política

Sonho ou pesadelo? | Xico Simonini

Foto de Pelly Benassi
  • O Tio Sam Fado massacrando a Síria? Definitivamente! Tia Zanza não acredita! Balela! O Éden da Democracia e da Liberdade? Massacrando alguma nação? Não, nunca, jamais, Sobrinho Meu! Ledo engano! Pelo que vivi, aprendi, li e adquiri, quem está promovendo mais este crime hediondo, ignóbil e repulsivo contra a Síria e por tabela contra a Humanidade, definitivamente, não é o Tio Sam Fado. Não, nunca, jamais, em tempo algum o “American Dream” ou seria o “American Nightmare” invadiria, assassinaria roubaria e destruiria nações como acontece desde os idos e vindos dos longínquos 1801.

 

  • Esta Tia acredita tratar-se apenas doutras fofocas, babados e mexericos dos Comunistas, Socialistas, Bolivarianos, Cubanos e Esquerdopatas. Outra subversão financiada pelos PeTralhas, com recursos obtidos do Tríplex do Guarujá, do Sítio de Atibaia, do Frigorífico do Lulinha e do Iate do Lula. Sem as necessárias provas, mas com o descaramento da convicção da República de Curitiba.

 

  • Verdade, Tia Minha!

 

  • A ironia postada, Sobrinho Meu, anteriormente, sobre o atual massacre do Tio Sam Fado na Síria, desagradou muita gente. Gente Escravizada, Conquistada, Encabrestada e Dependente ou, se preferir, Sobrinho Meu, Gente Colonizada. Pois é! Aquelas palavras fizeram aquela tal e qual Gente postar mensagens desaforadas, insolentes e petulantes para Esta Tia. Mas, porém, contudo, todavia, entretanto e no entanto, Esta Tia levou tudo numa boa, considerando o fétido conteúdo das cabeças dos ditos cujos desagradados, amofinados e contrariados.

 

  • Simplesmente, aquela filosofada estampa dados estatísticos incontestáveis para aqueles Colonizados. Então, tá aí, Colonizado, o Tio Sam Fado interviu, desde 1801, mais de duas mil vezes em outras terras, em outros mares, em outros ares e, desde 1945, matou mais de 20 milhões de pessoas em mais de 47 países e, às vezes, com o tempero de bombas atômicas, agentes laranja e os escambau a quatro, a quatrocentos e a quatro mil megatons.

 

O sarcasmo da Tia conclui:

 

  • Para implantar a independência, preservar a autodeterminação dos povos e desenvolver a igualdade social, embrulhada na exploração, apropriação e espoliação das riquezas do país invadido.

 

– Ô Tia, Este Sobrinho tem uma pergunta pra fazer com respeito àquela estória do “American Dream”/Sonho Americano ou “American Nightmare”/Pesadelo Americano.

 

  • Pode fazer, Sobrinho Meu! Esta Tia é toda ouvidos!

 

  • Como é mesmo que funciona lá dentro, dentro das quatro paredes, no aconchego do Lar do Tio Sam Fado, a distribuição de renda e a igualdade social? Conta pra Este Sobrinho Seu, conta, Tia Zanza!

 

  • Simples, muito simples, Sobrinho Meu! A falsidade da Democracia decadente da América… América? Estamos falando dos Estados Unidos ou do México ou do Canadá? Ou da América do Sul ou Central ou do Norte? O Tio Sam Fado usurpa, invade, rouba de fio a pavio até nome.

 

  • Mas, eis alguns exemplares da Igualdade Social no Paraíso da Democracia do Tio Sam Fado, não o Sonho, mas o Pesadelo: Desempregados? 22 milhões. Pobreza? 40 milhões. Pobreza extrema? 19 milhões. Moradores em trailers? 20 milhões. Moradores de rua? 600 mil. Ah! E xá pra lá a segregação racial, a Ku Klux Kan… E outros tais e quais broxados orgasmos do Tio Sam Fado.

 

  • E, Sobrinho Meu, fiquemos por aqui e deixemos os Pesadelos Americanos para as devidas curtidas dos o quê mesmo? Ah! Dos Escravizados, Conquistados, Encabrestados e Dependentes. Ou, se preferir, Sobrinho Meu, dos Colonizados!

 

In – Defini (Ções) Tivas Desta Tia Zanza e Deste Sobrinho. Silva, Francisco Simonini da (Xico Simonini), Viçosa-MG. Muzungu Comunicação, 2020. 260 páginas. Textos 167/168, páginas 97/98, atualizados e ampliados.

 

Fotografia de Xico Simonini

Francisco Simonini da Silva (Xico Simonini)  nasceu em Viçosa, MG, no dia 18 de novembro de 1941. Em sua cidade natal, em Belo Horizonte (MG), Florestal (MG), Pará de Minas (MG), Divinópolis (MG), Piracicaba (SP), Assis (SP), Primeiro de Maio (PR), Juiz de Fora (MG), Cataguases (MG), Ponte Nova (MG) e, recentemente em Santo Antônio de Pádua (RJ) construiu sua trajetória de professor e administrador do sistema educacional, além de marcante atuação na imprensa e na militância político-partidária. Aposentou-se como professor-adjunto na Universidade Federal de Viçosa (UFV), onde exercia suas funções no Departamento de Educação, do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes. Vem atuando, há mais de cinquenta anos, no sistema educacional público e privado (da educação infantil à pós-graduação), no ensino, pesquisa, extensão e administração. Por iniciativa individual ou coletiva participou da fundação de uma dezena e meia de escolas e cursos em todos os níveis. Sua trajetória é marcada por vigorosa atuação política, partidária e sindical e em campos diversos, como músico, desportista, comentarista esportivo, escritor, poeta, chargista e responsável pela publicação do semanário viçosense “Muzungu”.



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