By Até lembrei de Darcy Ribeiro, mas essas evoluções seguem caminhos espirituais, teológicos. Alguns comentários de amigas(os) sobre texto publicado mês passado, baseado em Ribeiro, levaram a outras evoluções humanas.
Pode ser até que em algum momento as teorias de Ribeiro se aproximem da, diríamos, Sociedade Teosófica.
Ou de demais dogmas e crenças.
Vou me orientar na Teosofia porque uma seguidora falou em filósofos da área como Ramana Maharshi e J. Krishnamurti. Não sou especialista da área, mas já li algo sobe a Sociedade Teosófica e compro regularmente a revista “Sophia” (recomendo, as edições são belíssimas, fotos magníficas com matérias de religião, ciência e filosofia).
Na edição número 97 (Maio/Junho2022), uma entrevista “cai como uma luva” nesse texto. Segundo o texto, a evolução da humanidade sofre reveses por falta de maturação, o que ocasiona barbáries em pleno século XXI.
Mesmo assim, a consciência humana está em evolução, sim, e correntes, movimentos, dogmas, seja lá o nome que quiserem, como o Reiki ou a Teosofia orientam horizontes espirituais.
O problema são os falsos profetas das mídias poderosas com seus Malafaias e Waldomiros que, incrível, arrastam multidões.
Falsos gurus agarrando o inocente que sofre.
Krishnamurti alerta o perigo de se orientar por mestres do dinheiro quando o necessitado fica cego em sua crença depositando (literalmente) toda sua fé e esperança de que algo vai acontecer…
A visão deturpada daquele que está doente recrudesce sua ignorância não vendo as coisas como realmente são.
Não somos assim?
O que faço quando algo não me agrada, independentemente de ser algo bom ou ruim? Minha verdade atropela outras verdades e talvez seja nesses momentos que um copo da água gire ondas raivosas do Rei Poseidon.
E aí sim, as evoluções vão água abaixo.
E agora, quem poderá me ajudar?
Chapolin Colorado?
Impossível, sou gremista.
Aí pedimos socorro a Ele, claro, tudo certo, o problema são os gurus…aqueles…
Porém, o stress incontrolável e a dança de dogmas não desistem e prometem sempre, o maior dos bailes.
A evolução fica estagnada e o desespero acentua inseguranças onde o falastrão das mídias malditas estão de olho em você e no seu dinheiro.
Evolução é o que menos interessa.
Na mesma edição da revista (não disse que ela é interessante?), outra matéria questiona o limite de nossa consciência pois nossas ações vão depender dessa relação.
O escritor e editor Marcos Resende lembra que as desarmonias entre indivíduos flagram nossa ignorância existencial pois as “violências culturais” atrofiam nossas consciências e, claro, evoluções.
Os processos civilizatórios de Darcy Ribeiro estão lá, sim, nesses entremeios, nos jogos de poderes embora por um viés sociológico.
Cleve Backster, um policial que trabalhava com detectores de mentiras disse certa vez que colocou elétrodos numa planta e percebeu movimentos ao acender um fósforo nas proximidades.
A manifestação da consciência da natureza provam certas evoluções, algumas evolutivas com diversos degraus, alguns para cima, outros porém…às vezes…para baixo…
Fotografia de Coca Trevisan
O jornalista Coca Trevisan nasceu em Santa Maria, RS. Atuou como repórter e redator nos jornais NH, de Novo Hamburgo; VS, de São Leopoldo e Jornal Alto da XV, de Curitiba. Como profissional freelancer assinou matérias em diversos periódicos. Participou de workshops e atuou em debates sobre a Indústria Cultural dos anos 1980/90. Mais recentemente, concluiu pela PUC-RJ o Curso de Extensão Origens do Existencialismo. Mantém e abastece o blog Violências Culturais. Atualmente mora em Florianópolis, SC.
