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Eternas eternos | Xico Simonini

ETERNAS ETERNOS

 

Seriam eternas? Ações, Construções, Declarações de grandes personalidades daqui e de acolá? Às vezes, não tão grandes, assim, não, tanto as daqui quanto as de lá. Feitos realizados naqueles muitos anos passados ou nos poucos anos presentes. Registro da História, o registro histórico ou a versão dos fatos, sempre e quase sempre, registrados pelos Capitães do Mato, sob o chicote dos Senhores da Casa Grande. Capitães e Senhores também daqueles idos tempos, com outras denominações, mas tão escravos e escravocratas como se de hoje fossem. E então, aos Eternos Feitos…

 

No Egito, o Faraó Quéfren construiu a segunda maior pirâmide de  Gizé graças às vidas de tantos e quais escravos…

 

Nabucodonosor II, na Babilônia, plantou os Jardins Suspensos também plantando e adubando, com os corpos dos escravos, o florido empreendimento…

 

Construídos por Imperadores vários e ao preço de chibata, açoite  e rebenque, Roma foi contemplada por vitais Aquedutos…

 

E sem preocupações cronológicas, pra frente que atrás vem gente  em forma de outros Feitos…

 

Colombo invadiu a América do Norte e Central, Vasco da Gama usurpou o caminho marítimo para as Índias, Cabral o Brasil assaltou…

 

Planetas do Sistema Solar giram em torno do Sol? Sim! Graças ao Copérnico…

 

Galileu, com olhares de Lince, enxergou as montanhas da Lua, quatro dos 79 satélites de Júpiter e milhares de estrelas da Via Láctea…

 

O Inglês Scott foi, chegou, viu e invadiu o Polo Sul…

 

Mas, qual é? Prestigiando apenas e tão somente os estranja? De forma nenhuma… De jeito nenhum… São mais de 200 “milhões em ação, pra frente Brasil do meu coração…” Então…

 

Getúlio criou a CLT. JK construiu Brasília. Lula e Dilma criaram 28 universidades e 174 campi, duplicando o número de alunos e 360  Institutos Federais implantados…

 

Ah! Ainda no Brasil, Olavo de Carvalho, guru do Bozovírus, descobriu que a Terra é plana…

 

E mais outra destes, a mil e mis violentados, brasis varonis de desencantos mis e vis, Bozovírus ressuscita a tomada de dois pinos… Ações, Construções e Declarações estas adornadas por guerras, conflitos e batalhas. Tragédias da Humanidade que jamais poderiam ser olvidadas. Assim…

 

Primeira Guerra Mundial entre a Tríplice Aliança e a Tríplice Entente…

 

A Segunda Guerra Mundial chega com a Alemanha invadindo a Polônia…

 

Terceira Guerra Mundial: A História não registra nem a data de seu início, muito menos de seu término. Porém, o terrível conflito foi travado entre Ninguém contra Coisa Alguma e teve Zé Ruela como comandante-em-chefe, nada mais, nada menos do que o Comandante da Marinha, no Governo Bozovírus…

 

Deixando de lado estas contendas bélicas, quem sabe as bênçãos do Incrível… Fantástico… Extraordinário… Salvem as almas das vidas perdidas e dos sangues derramados daqueles soldados todos e de todos os soldados? Amém!?!? Aleluia!?!? Irmão! Santos! Santos! São os Seus Santos nomes…

 

Senhora de Lourdes surge para a camponesa Bernadete, na Gruta de Massabielle, na França. Recolhia lenha com a irmã e amiga, trepada num Monte de Pau…

 

Senhora de Fátima brota para as crianças Lúcia, Francisco e Jacinta, em Fátima, Portugal, iluminada pelo brilho do Sol e trepada num Pé de Azinheira…

 

Senhora de… Não! Senhora, não! A vidente viu, mas foi o Filho, redimida que foi pelas mãos do Pai. Damares, sim, Damares, a Louca, Ministra do Bozovírus, trepada na Goiabeira…

 

Em sendo assim e assim sendo… Seriam eternas? Estas expostas Ações, Construções, Declarações? É possível que sim, é possível que  não, Mermão!

 

 

Fotografia de Xico Simonini

Francisco Simonini da Silva (Xico Simonini)  nasceu em Viçosa, MG, no dia 18 de novembro de 1941. Em sua cidade natal, em Belo Horizonte (MG), Florestal (MG), Pará de Minas (MG), Divinópolis (MG), Piracicaba (SP), Assis (SP), Primeiro de Maio (PR), Juiz de Fora (MG), Cataguases (MG), Ponte Nova (MG) e, recentemente em Santo Antônio de Pádua (RJ) construiu sua trajetória de professor e administrador do sistema educacional, além de marcante atuação na imprensa e na militância político-partidária. Aposentou-se como professor-adjunto na Universidade Federal de Viçosa (UFV), onde exercia suas funções no Departamento de Educação, do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes. Vem atuando, há mais de cinquenta anos, no sistema educacional público e privado (da educação infantil à pós-graduação), no ensino, pesquisa, extensão e administração. Por iniciativa individual ou coletiva participou da fundação de uma dezena e meia de escolas e cursos em todos os níveis. Sua trajetória é marcada por vigorosa atuação política, partidária e sindical e em campos diversos, como músico, desportista, comentarista esportivo, escritor, poeta, chargista e responsável pela publicação do semanário viçosense “Muzungu”.

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