Cultura

GUILHERME MANSUR, POETA: homenagem II | Thais Guimarães, Flávio Vignoli, Carlos Barroso. Simone Andrade Neves

A revista InComunidade tem a honra de mediar esta homenagem ao poeta Guilherme Mansur neste momento em que ele nos deixou. O público-leitor encontrará nas redes sua poesia, vários depoimentos, a crítica, vídeos com entrevistas e performances. Nossos agradecimentos aos poetas que nos enviaram depoimentos, textos poéticos, imagens.  VIVA MANSUR!

 

Myrian Naves (Brasil), pelo Conselho Editorial

 

Guilherme Mansur:

 

Poeta, editor e tipógrafo, nasceu em Ouro Preto, MG.

 

Nos anos 70, atuou no movimento de “Arte Postal” e participa da “International Mail-art Exhibition” (Monza, Itália). Funda e edita a revista-saco “Poesia Livre” por nove anos.

 

Na década seguinte edita livros de poesia de Álvaro Andrade Garcia, Haroldo de Campos, Carlos Ávila, Sylvio Back, Jussara Salazar, Régis Bonvicino, Laís Corrêa de Araújo, Paulo Leminski e Alice Ruiz, entre outros. Monta o poema-instalação Sísifo.

 

Nos anos 90 edita a série de poemas-cartazes Não/Nada com vários colaboradores como Augusto de Campos e Arnaldo Antunes, entre outros. Monta o poema-instalação Quadriláxia e publica o seu primeiro livro de poesia, Os sete fôlegos (Ed. Risco do Ofício), depois reeditado sob o título Gatimanhas & Felinuras, em parceria com Haroldo de Campos (Ed. Katze Caderno). Executa por quatro anos uma série de chuvas de poesia das torres das igrejas de Ouro Preto. Faz a reforma gráfica do “Suplemento Literário de Minas Gerais” e trabalha como paginador do jornal durante oito anos. Publica a plaquete Hai-Kais, com Alice Ruiz (Ed. Cantaria). Dirige oficina de editoração no Festival de Inverno da UFMG. Monta o poema-instalação Bashôbananeira. Cria a série Bandeiras ¬– Territórios Imaginados, poemas verbo-visuais. 

 

Anos 2000. Edita a revista de fotografia Lambe-Lambe. Cria a fonte digital Verga, publicada na revista “Tupigrafia” (São Paulo). Funda e edita o jornal de arte e poesia “Amilcar”. Publica os livros Barrocobeat (Ed. Tigre do Espelho), e Bené Blake, com Dimas Guedes (Ed. Cantaria). Publica os calendários Na carta que veio de Minas / Um ósculo de óxido de ferro (2005) e Bananeiravodum (2006), com Nair de Paula Soares. Cria “Alfacine”, série de alfabetos reunindo fontes digitais e cinema.

 

Tem poemas publicados em diversas revistas e jornais literários, entre os quais “Suplemento Literário de Minas Gerais”, “Mais” (Folha de S.Paulo), “Folhinha” (Folha de S.Paulo), jornal “Nicolau” (Curitiba), revista “Bric-a-Brac” (Brasília), revista “ETC” (Curitiba), revista “Olhar” (Universidade São Carlos) etc.

(Fonte da biografia: Editora Dubolsinho)

 

COMPOSIÇÃO ABERTA

 

Thais Guimarães

 

“Composição aberta”, de Thais Guimarães

 

 

Fotografia de Thais Guimarães

 

*

 

Flávio Vignoli, tipógrafo brasileiro e editor da Tipografia do Zé, em Belo Horizonte, em depoimento:

 

“O que mais me encantava em Guilherme Mansur era a sua permanente invenção gráfica para as suas poesias: tipografia, caligrafia, fotografia… Uma contínua experimentação e materialização do poema com o devido rigor técnico (de sua prática e não somente de sua história), e sempre com uma alegria quase infantil neste gesto de grafia. Foram muitos anos pesquisando e colecionando a produção da sua Tipografia do Fundo de Ouro Preto, com destaque para Poesia Livre e Finismundo, mas de história editorial ainda pouco conhecida, apresentada nas exposições do Gabinete do Livro e na Casa das Rosas, em SP. Com a minha Tipografia do Zé comecei a Coleção Lição de coisas, coeditado com Mário Alex Rosa, justamente com o encontro poético e tipográfico de Guilherme Mansur com Cleber Teixeira, também poeta editor. Atualmente imprimia para GM uma série de cartazes-poema, que ele chamava de Cartemas, e que podiam ser lidos em dois sentidos (“duas cabeças”) e ainda conversávamos sobre a possibilidade de uma edição de sua antologia poética com a diversidade e invenção de suas grafias gráficas. GM continua como uma referência de editor, poeta e artista gráfico contemporâneo.”

 

*

 

“Simples elegia para Guilherme Mansur”

 

Carlos Barroso

 

“Simples elegia para Guilherme Mansur”

 

Fotografia de Carlos Barroso

 

*

   Ma

Simone Andrade Neves

 

Olhar para o passado

na volta do futuro

 

o vento faz a curva &

no torno do ferro devolve

 

A boca aberta da mina

A boca oca do chafariz

 

Um salto de jubarte

Guilherme de gêmeos

Você enviou

Simone, olá, este poema é seu para o

 

Fotografia para Simone Andrade Neves

 

Fotografia de Myrian Naves

 

Guilherme Mansur: 

Poeta brasileiro, editor e tipógrafo, nasceu em Ouro Preto, MG.

Nos anos 70, atuou no movimento de “Arte Postal” e participa da “International Mail-art Exhibition” (Monza, Itália). Funda e edita a revista-saco “Poesia Livre” por nove anos.

Na década seguinte, edita livros de poesia de Álvaro Andrade Garcia, Haroldo de Campos, Carlos Ávila, Sylvio Back, Jussara Salazar, Régis Bonvicino, Laís Corrêa de Araújo, Paulo Leminski e Alice Ruiz, entre outros. Monta o poema-instalação Sísifo.

Nos anos 90, edita a série de poemas-cartazes Não/Nada com vários colaboradores como Augusto de Campos e Arnaldo Antunes, entre outros. Monta o poema-instalação Quadriláxia e publica o seu primeiro livro de poesia, Os sete fôlegos (Ed. Risco do Ofício), depois reeditado sob o título Gatimanhas & Felinuras, em parceria com Haroldo de Campos (Ed. Katze Caderno). Executa por quatro anos uma série de chuvas de poesia das torres das igrejas de Ouro Preto. Faz a reforma gráfica do “Suplemento Literário de Minas Gerais” e trabalha como paginador do jornal durante oito anos. Publica a plaquete Hai-Kais, com Alice Ruiz (Ed. Cantaria). Dirige oficina de editoração no Festival de Inverno da UFMG. Monta o poema-instalação Bashôbananeira. Cria a série Bandeiras ¬– Territórios Imaginados, poemas verbo-visuais. 

Anos 2000. Edita a revista de fotografia Lambe-Lambe. Cria a fonte digital Verga, publicada na revista “Tupigrafia” (São Paulo). Funda e edita o jornal de arte e poesia “Amilcar”. Publica os livros Barrocobeat (Ed. Tigre do Espelho), e Bené Blake, com Dimas Guedes (Ed. Cantaria). Publica os calendários Na carta que veio de Minas / Um ósculo de óxido de ferro (2005) e Bananeiravodum (2006), com Nair de Paula Soares. Cria “Alfacine”, série de alfabetos reunindo fontes digitais e cinema.

Tem poemas publicados em diversas revistas e jornais literários, entre os quais “Suplemento Literário de Minas Gerais”, “Mais” (Folha de S.Paulo), “Folhinha” (Folha de S.Paulo), jornal “Nicolau” (Curitiba), revista “Bric-a-Brac” (Brasília), revista “ETC” (Curitiba), revista “Olhar” (Universidade São Carlos) etc.

(Fonte da biografia: Editora Dubolsinho)

Thais Guimarães, poeta brasileira e autora de livros infantis. Foi muito atuante na cena literária da poesia marginal em Belo Horizonte nos anos 1980, quando então conheceu e iniciou a convivência literária com o poeta Guilherme Mansur, que homenageia em seu poema “Composição Aberta”. Tem publicados, Jogo de Facas (poesia); Jogo de Cintura (poesia) e Notas de Viagem (Coleção Leve um livro),  dentre outros. Ganhou um prêmio Jabuti por seu livro Bom dia, Ana Maria, infantojuvenil e, nesse segmento, tem ainda Senhor Relógio e Um pássaro para sonhar.

Flávio Vignoli, tipógrafo brasileiro e editor da Tipografia do Zé. 

Carlos Barroso – poeta, artista plástico, jornalista brasileiro. Do grupo fundador das revistas CemFlores e AquiÓ. Coeditor da e-plaquete 2022.  

Publicou: Poetrecos (Poesia Orbital/1997) e os livros-objeto: Carimbalas (2008);  Sãos; Usura; Livraria (2010); 7 poemas de futebol&lirismo e 1 cancão iconoclasta (plaquete/2014); CunilínguaPátria – 69 poemas (2017). E o e-book 41 poemas contra (2020). Todos pela Edições Cemflores.  

Participou das mostras: Coletiv4 (UFSJ/2015); Ocupação Poética (UFSJ/2017); Além da Palavra (Biblioteca Pública/BH/2018); minimasminas (Café Kahlua/BH/2018); Além da Palavra2: Casa dos Contos/Ouro Preto (2018) e Centro de Memória/Faculdade de Letras UFMG (2019). E Deslocamento (Assembleia Legislativa de Minas Gerais/2022) e na Casa de Jornalista de Minas. Repórter político e cronista em jornais; repórter comentarista da Band/Minas; apresentador do programa Cena Política (BHNews). Prêmio Esso regional de Reportagem (2001). Presidente da Casa de Jornalista, em Belo Horizonte.

Simone Andrade Neves, poeta brasileira, nasceu em Belo Horizonte no ano de 1974. Viveu infância e adolescência em Dionísio, MG. É autora dos livros O coração como engrenagem, edição da autora em 1994; Corpos em Marcha (2015), (publicado no Brasil pela Editora Scriptum e na Itália pela Edizioni Kolibris; Missa do Envio – Bandeira do Divino (2017, Ed. Casa Impressora de Almeria); Terrário, 2021, Selo Demônio Negro (SP) e Para dentro editado pelo Selo Cobalto Livros, lançado neste 2023. Seus poemas foram publicados em diversos periódicos no Brasil e em Portugal; e traduzida e publicada em periódicos de literatura dos Estados Unidos, Peru, Venezuela e Argentina. Mora em São Bartolomeu, Ouro Preto, MG.

Myrian Naves, poeta, escritora e editora brasileira, Professora de Literatura Brasileira desde a década de 80. Faz parte do conselho editorial de InComunidade, Organizou pela Páginas Editora, “Todos os Saramagos”, 2022, antologia de contos inéditos de escritores brasileiros e portugueses, comemorativa do centenário de José Saramago. Lança em 2023, “MONAMI”, poesia, Páginas Editora. Recebeu o prêmio Adolfo Aizen de Originalidade em Literatura Infantil e Juvenil da UBE– União Brasileira de Escritores – RJ, para inéditos. Publica em antologias, revistas literárias.




Qual é a sua reação?

Gostei
0
Adorei
2
Sem certezas
0

Também pode gostar

Os comentários estão fechados.

More in:Cultura