Cultura

Comboio Regional da Beira Alta | Zetho Cunha Gonçalves

COMBOIO REGIONAL DA BEIRA ALTA

 

Perder comboios,

quem nunca os perdeu?

 

− Este

trazia

o-fi-ci-al-men-te

mais de duas horas de atraso,

«com tendência a agravar-se».

 

Era o Comboio Regional

da Beira Alta.

 

Eu ia com o RPA

passar o Carnaval de 1977

a Paço de Arcos:

− havia grande farra

imperdível,

e música angolana ao vivo,

com os África Tentação!

 

O RPA 

carregava duas caixas de vinho branco

produzido na Escola Agrícola

− «uma pomada dos diabos!» −,

que o pai lhe pedira,

e não chegou a provar uma gota sequer

daquela remessa!

 

Sentados num banco da Estação

de Santarém,

tanta, tanta espera,

deu-nos uma sede

imemorial:

− contemplávamos as doze garrafas

com alentada voracidade!

 

− Eh pá,

mais garrafa, menos garrafa – ponderou católica,

apostólica,

filosófica

e decilitrosamente o RPA −, 

o meu velho não se vai chatear!…

 

(E assim ficou decidido 

o destino da primeira boa Amiga!)

 

Fomos ao bar da Estação,

pedimos um saca-rolhas emprestado

e dois copos-de-três (muito em uso na época).

 

Abrimos a primeira garrafa,

aspirámos em reverência

aquele odor hipnótico,

de uva de grande qualidade 

sabiamente pisada e fermentada,

servimo-nos,

brindámos à Vida e a todos os seus prazeres,

e sorvemos deleitados o primeiro gole breve,

estalando a língua depois,

numa aprovação irrestrita:

− «Uma pomada dos diabos!»

 

A primeira garrafa desceu

numa volúpia arrebatadora e quase fulminante.

 

Abriu-se a segunda,

que teve a gentileza de descer

sob os mesmos preceitos, encantos e naturais ofícios.

 

(− E o raio do comboio, 

que nunca mais chegava?!…

 

Para o Norte,

passaram três ou quatro,

nunca soubemos se vinham à tabela,

ou não:

vimo-los passar,

a todos,

de copo em riste, 

bebericando, fumando muito,

e saudando quem chegava,

se acaso nos cumprimentasse!)

 

À primeira rodada da terceira garrafa,

há notícia solta pelos altifalantes:

− «Dentro de momentos, 

dá entrada na linha número dois,

o Comboio Regional da Beira Alta,

com destino a Lisboa, 

Santa Apolónia.

Este comboio traz um atraso

de duas horas e quarenta e dois minutos,

e efectua paragem 

em todas as estações e apeadeiros.

A partir desta Estação,

o atraso de duas horas e quarenta e dois minutos 

tende a agravar-se sucessivamente.»

 

Velho guerrilheiro que sempre fui

(imaginando já o «agravar-se sucessivamente»

do «atraso do comboio», dali para diante),

tratei logo de negociar com o senhor Sousa 

o empréstimo dos copos 

e do saca-rolhas para a viagem,

garantindo devolução de tudo

na quarta-feira de Cinzas,

deixando como penhor e à sua guarda,

as duas preciosíssimas garrafas de vinho,

já vazias.

 

(Não havia ainda,

graças a Deus,

esses fundamentalistas «amigos do ambiente»,

nem a fadistagem fiduciária e troglodita

da chamada, agora, «reciclagem»:

tudo era reutilizado

com a mais absoluta naturalidade,

em nobreza de ser e de servir:

− fossem grades em madeira

ou garrafas de vidro,

fossem camisas-de-Vénus 

ou do Além:

nada se deitava fora,

ou desperdiçava!

Com a graça de Deus

também não havia ainda 

plásticos ao desmame,

como agora 

outra coisa não falta!)

 

 

Trazia pouquíssima gente,

aquele atrasadíssimo e perdido

Comboio Regional da Beira Alta.

 

Instalámo-nos numa carruagem quase vazia,

com cinzeiro ao lado para a cinza e as beatas dos cigarros

− que fumávamos com todos os prazeres e preceitos −,

e mesa equilibrista ao meio,

para os venerados copos e garrafa.

 

Não tardou

que o senhor revisor fosse vítima 

do seu primeiro erro fatal,

de cálculo não ponderado:

− Ora, então, 

cá temos nós dois artistas da Escola Agrícola

sem bilhete,

não é verdade?!…

 

− Ó senhor revisor – ripostou o RPA

com os bilhetes na mão −,

vá mas é pedir um copo ao bar,

venha aqui beber desta «pomada dos diabos» 

connosco,

e deixe-se lá dessas merdas 

de ser o pide dos comboios!…

 

Em pé, dando a volta da cabeça e do olhar

pela carruagem e por quem lá vinha,

o RPA estendeu o convite 

aos circunstantes passageiros.

 

Dois juntaram-se logo a nós:

− Um branquinho agora, ó Amigo,

é o que vem mesmo a calhar!

Ai nã, que não vem

Vou já buscar copos, prá gentes todos! – disse

o segundo,

que cumpriu o copo da sua parte, sem cerimónias.

 

O senhor revisor,

depois de picar os nossos bilhetes

 − com aquele pequenino ódio 

de quem falhou o alvo (sem remissão de pecado!),

no sagrado ofício da sua autoridade −, 

aferiu sintomaticamente o vasilhame em causa

e seu ainda virgem conteúdo,

e não tardou a vir de copinho em punho,

sentando-se a nosso lado.

 

E, até Lisboa − Santa Apolónia,

nas suas duas horas e tal, quase três, de viagem,

foi um sorver daquela «pomada dos diabos»

− com muita história e gargalhada 

nos intervalos 

da, cada vez mais acelerada decilitragem −,

até à última gota da derradeira combatente,

espremida pelo gargalo,

em Braço-de-Prata.

 

Os efeitos não se fizeram esperar,

e o senhor revisor era o mais exímio,

aplicado e proficiente ziguezagueante

de todos nós,

a descer do comboio amparado pelo RPA

e por outro solícito companheiro 

daquela nova «Arca de Noé»:

 

− Eh pá – declarou ele atravessando a plataforma

como um enorme gavião trôpego

a flutuar,

arrastado pela ponta das asas −,

esta «pomada dos diabos» 

caiu-me na puta da fraqueza,

e fornicou-me todo!

Que puta de bebedeira que vocês me pregaram,

seus grandes cabrões! – acrescentou ele,

muito genuinamente agradecido,

numa estrondosa gargalhada a caminho da enfermaria,

onde foi levado a tomar uma injecçãozinha

de água destilada na veia 

para desanuviar a bebedeira,

e ali ficar para um mais que merecido repouso,

depois de quase doze horas seguidas

a picar bilhetes aos solavancos.

 

Na mais absoluta das Verdades o afirmo,

45 anos depois da ocorrência dos factos:

o senhor revisor não sofreu,

nem os chamados (e muito vulgares,

nestas situações) danos colaterais

− um tropeção imprevisto, por exemplo

(ou provocado por aleivosia,

«só p’ra molhar-a-sopa»,

tão «tipicamente portuguesa»!),

seguido de afocinhamento súbito e fatal;  

a cabecinha partida em sítio ruim; 

um sobrolho deitado abaixo, quiçá atingido 

por objecto-terrestre-não-identificado,

ou queda aparatosa e grave −,

nem foi alvo de processo disciplinar,

ou sequer teve qualquer repreensão superior

pela sua conduta profissional naquela viagem,

tão fatidicamente auspiciosa.

 

Muito pelo contrário,

meu paciente Leitor:

− o senhor revisor (rima? Que chatice!)

teve até grande solidariedade popular espontânea:

alguns apupos (é verdade, mas restritos!) e aplausos 

(coisa normalíssima!),

em copiosa orquestra

ins-tin-ti-va-men-te popular! −,

muito embora as opiniões não fossem unânimes

 

Alguém que vinha na nossa carruagem

o imprecou de alcoólico e irresponsável,

«um miserável dum bebedolas,

que devia era ser imediatamente despedido,

com justa causa!», 

acusando-me depois a mim,

e, 

por uma muito óbvia solidariedade justiceira,

também o RPA,

de sermos «dois bandidos à solta 

e à boa-vida!…»

 

(Uma certa gente − ao que tudo parecia,

ali teimosamente estacionada

desde o tempo de Dona Tareja, 

a mui celebrada mãe «sopapeada pelo filho»

  1. Afonso Henriques,

o first one em tudo! −, 

e uma pouca de outra gente, ao que parece, 

em estado de trânsito e curiosidade confusionista

olhou para mim e para o RPA

com esfaimados olhinhos antropófagos inequívocos

− bastante populares, por sinal −,

até repararem, mui «claramente visto», 

que as garrafas vazias daquela «pomada dos diabos»,

para além de a nossa linguagem ser muito outra,

podiam rebaixar moleirinhas a uma velocidade estonteante,

e mui amistosa e portuguesmente

Tu nim xábes cúm quim é quiztáij’a falar! – apresentou-se-me,

nestes preparos, um autóctone “popular” muito expressivo,

que foi imediatamente «retirado do baralho»,

por livre e espontânea vontade do guarda-nocturno,

que ia tomar o seu cafezinho da praxe, e já não foi,

«para lhe dar destino!» − conforme 

há-de ter figurado nos autos −,

e mui amistosa e portuguesmente − dizia eu −,

mudaram imediatamente o Norte magnético aos seus intuitos, 

e encetaram

o ataque aos «retornados» (que, para eles, nós éramos),

cravando-nos cigarros… que foram, 

piedosa e generosamente negados, 

sem que deixássemos alguma vez de fumar,

para exemplo de «um povo 

que oculta a cabeça nas entranhas dos mortos.»)

 

Mas não ficou sem resposta,

aquele esforçado «Patriota Pneumático»:

 

− Um homem não pode andar a trabalhar doze horas

de seguida, camaradas! – ribombou, 

de megafone em punho,

firme e resoluto, um senhor

ro-tun-da-men-te fardado 

de funcionário arqueológico

dos Comboios de Portugal − CP.

 

E acrescentou, 

do muito alto do seu posto ferroviário-jurássico,

para que não restasse a mais pálida dúvida

na plateia:

 

− O homem bebeu,

bom proveito lhe faça!

Mas agora trabalhar doze horas de seguida,

como sucede com este homem,

nem às bestas-de-carga se faz tal violência!

 

E assim terminou

− mui ordeira,

democrática e patrioticamente, 

a iminente contenda 

(que seria, fatalmente,

uma contenda «de faca-e-alguidar»,

seguindo os preceitos

das mais populares

e deleitosas no seu género!)

 

− e a mui aventurosa viagem do senhor revisor 

neste poema.

 

 

Na quarta-feira de Cinzas,

eu devolvia ao senhor Sousa o saca-rolhas

e os dois copos-de-três emprestados,

e o RPA entregava na Escola Agrícola 

o vasilhame sem uma quebra, 

ou sequer uma fenda mínima, 

de saca-rolhas desastrado,

no vidro do gargalo. 

 

Nunca uma viagem de comboio

voltou a ser a epopeia bela e alucinada 

desta espera e viagem de seis horas

 

− aqui narrada 

como proveito,

para exemplo raro de um tempo 

menos apressado

e mais humano, 

menos asséptico e troglodita. 

 

Nunca mais se fez

uma viagem de comboio assim,

juro que não!

 

− Viva o RPA!

 

27.5-19.6.2022

 

NOTA DO AUTOR: Este poema incorpora o fragmento de um verso de Luís Vaz de Camões («claramente visto»), e dois pequenos fragmentos («um povo que oculta a cabeça nas entranhas dos mortos» e «Patriota Pneumático»), do poema «Quase 3 Discursos Quase Veementes», de António José Forte (1931-1988).

 

In: O Livro dos Lugares (em preparação)

Fotografia de Zetho Cunha Gonçalves

 

Zetho Cunha Gonçalves nasceu na cidade do Huambo, Angola, a 1 de Julho de 1960. Passou a infância e adolescência no Cutato (pequena povoação na Província do Cuando-Cubango, onde fez a instrução primária e a que chama a sua «pátria inaugural da Poesia»). Estudou no Colégio Alexandre Herculano, na cidade do Huambo, e Agronomia na extinta Escola de Regentes Agrícolas de Santarém, em Portugal. 

Poeta, autor de literatura para a infância e juventude, ficcionista, organizador de edições, antologiador e tradutor de poesia, exerceu várias profissões: de tratador de gado numa fazenda a empregado de escritório, de vendedor de publicidade e publicitário a director-adjunto de um jornal de turismo falido, de empregado de mesa em restaurantes e pesquisador de notícias para uma empresa da especialidade a intermediário e conselheiro de bibliófilos. Foi coordenador da página literária «Casa-Poema da Língua Portuguesa» no jornal Plataforma, de Macau, e da secção cultural da revista África 21. É membro da União dos Escritores Angolanos.

Tem traduções para alemão, chinês, espanhol, hebraico e italiano, e colaboração dispersa por jornais e revistas de Angola, Brasil, Espanha, Itália, Macau, Moçambique e Portugal. Tem participado em vários colóquios e encontros literários em Portugal, Brasil, Cuba, Espanha e Itália. 

Em 2018, o seu nome foi proposto para Prémio Nobel de Literatura. Em 2019, Noite Vertical, obra publicada em 2017, foi galardoada com o I Prémio dstangola/Camões. 

Vive actualmente em Lisboa, dedicando-se inteiramente à criação poética e literária.

Publicou, de poesia: Exercício de Escrita, 1979; Coração Limite / Sobre a Sombra do Corpo, 1981; A Construção do Prazer / Reportagem do Silêncio, 1981; O Incêndio do Fogo, 1983; O Outro Mapa da Terra, Edição manuscrita, exemplar único, 1997; O Voo da Serpente, Edição manuscrita, 12 exemplares, com 4 desenhos originais do Autor, 1998; A Palavra Exuberante, 2004; Sortilégios da Terra: Canto de Narração e Exemplo, 2007; Rio Sem Margem: Poesia da Tradição Oral, 2011; Terra: Sortilégios, 2013; Rio Sem Margem: Poesia da Tradição Oral. Livro II, 2013; Noite Vertical, 2017 [I Prémio dstangola/Camões 2019]; O Sábio de Bandiagara: Esconjuros, Ebriedades e Ofícios, 2018; O Leopardo Morre Com as Suas Cores, 2019; Alumbramentos, 2020; Respiração Suspensa, 2021; Noite Vertical: Poemas Reunidos 1979-2021, 2022.

Literatura para a infância e juventude: Debaixo do Arco-íris Não Passa Ninguém [ed. brasileira] (poemas), 2006; A Caçada Real (teatro), 2007; [ed. brasileira], 2011; [ed. moçambicana], 2013; Brincando, Brincando, Não Tem Macaco Troglodita (poemas) [ed. brasileira], 2011; A Vassoura do Ar Encantado (estória) [ed. brasileira], 2012; Os Sete Poemas do Papagaio de Cabinda [ed. angolana], 2012; Rio Sem Margem: Poesia da Tradição Oral Africana [ed. brasileira], 2013; Dima, o Passarinho que Criou o Mundo: Mitos, Contos e Lendas dos Países de Língua Portuguesa (antologia), [ed. brasileira], 2013; A Minha Primeira Leitora (conto), in: Mapas Literários: O Rio em Histórias, de Ninfa Parreiras, [ed. brasileira], 2015; Com o Cágado Ninguém Brinca (conto), in: Pássaros de Asas Abertas. Antologia de Contos Angolanos, de António Quino e Margarida Gil Reis [ed. angolana], 2015; A Filha do Sol e da Lua (conto), in: Angola 40 Anos − 40 Contos – 40 Autores, de Arlindo Isabel [ed. angolana], 2015; Aqui Há Dinossauro (conto), 2020; A Galinha-de-Angola Que Punha os Ovos no Telhado (poemas), a publicar; Relojoeiro de Palavras (poemas), a publicar; A Serpente Que Dançava Para Mudar de Vestido (poemas), a publicar; O Sapo Astronauta Que Não Quer Voltar a Marte, a publicar; Paixões & Aventuras de Fernando Pessoa Para Jovens Irreverentes, de Fernando Pessoa [Org.], a publicar.  

 

Prosa: Quarto Crescente Lunar em Havana Velha (estórias), a publicar.

Tradução de poesia: O Desejo É Uma Água, de Antonio Carvajal, 1998; Altazor: Canto II, de Vicente Huidobro, 2012; 3 Poemas, de William Carlos Williams, 2012; 22 Poemas, de Joan Brossa, 2012; 15 Poemas, de Rainer Maria Rilke, 2012; Sete Poemas, de Friedrich Hölderlin, 2012; Chora, Ó Irmão Negro Bem-Amado, de Patrice Lumumba, 2018; 4 Epigramas Gregos, 2019; Rubaiyat: Odes à Embriaguez Divina, de Jalal-al-Din Rumi, 2019; Transversões: Poemas Reescritos em Português, 2021; A Poesia É Um Atentado Celeste, de Vicente Huidobro, 2022; Sereia Adormecida: Poesia Marroquina Contemporânea Escrita por Mulheres, no prelo. 

Organização de edições: Corpo Visível, de Mário Cesariny, com ilustrações de Pedro Oom, 1996; Obra Poética, de Luís Pignatelli, 1999; Uma Rosa na Tromba de Um Elefante, de António José Forte, com desenhos de Aldina, 2.ª ed., 2001; Uma Faca nos Dentes (Obra Poética), de António José Forte, com Prefácio de Herberto Helder, fotografias e desenhos de Aldina, 2.ª ed., 2003; Breve História da Mulher e Outros Escritos, de Natália Correia, com Prefácio de Maria Teresa Horta, 2003; A Estrela de Cada Um, de Natália Correia, 2004; Entrevistas a Natália Correia, de Antónia de Sousa, Bruno da Ponte, Dórdio Guimarães e Edite Soeiro, 2004; Contos Inéditos e Crónicas de Viagem, de Natália Correia, 2005; Os Brasileiros, de Eça de Queiroz (em col. com Eduardo Coelho) [ed. brasileira], 2008; Contos, Fábulas & Outras Ficções, de Fernando Pessoa, 2008 [Tradução italiana com o título La Vita Non Basta. Racconti, Favole e Altre Prose Fantastiche, 2010]; Impia Scipta, de Luís Carlos Patraquim, 2011; Contos Completos, Fábulas & Crónicas Decorativas, de Fernando Pessoa, 2012; [ed. brasileira com o título Um Grande Português. Contos, Fábulas & Outras Histórias], 2012; Manual Para Incendiários e Outras Crónicas, de Luís Carlos Patraquim, 2012; Bonsoir, Madame! (Obra Poética), de Manuel de Castro, 2013; Notícia do Maior Escândalo Erótico-Social do Século XX em Portugal, de Fernando Pessoa, Raul Leal (Henoch) e outros, 2014; Sete Poemas Inéditos, de Ruy Cinatti, 2015; Sete Poemas Inéditos, de Natália Correia, 2015; A Pedra-que-Mata. Poesia Japonesa: Uma Antologia do «Período Primitivo» ao «Estilo Moderno», de Luís Pignatelli, 2016; O Senhor Freud Nunca Veio a África, de Luís Carlos Patraquim, 2017; Fernando Pessoa: Um Retrato Fora da Arca. Cartas, Ensaios, Poemas, Testemunhos, Memórias, de Fernando Pessoa e outros, 2018; Morada Nómada: Poesia 1980-2020, de Luís Carlos Patraquim, 2020; Carta ao Jovem Poeta, de Jorge de Sena, 2021; Luz Central: Ensaios Reunidos, de Ernesto Sampaio, 2022;  Raiz-Andante da Flor do Ar: Poemas Traduzidos, de Luís Pignatelli, a publicar;  Os 47 Poemas de Vida de Fernando Pessoa: Antologia de Cabeceira, a publicar; Cartas a Salazar & Outras Epístolas Para Caeiro da Mata, John Fitzgerald Kennedy, Mário de Sá-Carneiro, Fernando Pessoa e Aleister Crowley, de Raul Leal (Henoch), a publicar; Obra Poética, de José Sebag, a publicar; Esta Cabeça Não É Minha. A (Im)possível História do Chamado «Grupo do Café Gelo», com Mário Cesariny, Luiz Pacheco, Herberto Helder, António José Forte, Virgílio Martinho, António Barahona, Manuel de Castro, Manuel de Lima, João Rodrigues, Raul Leal (Henoch) e outros, a publicar; Dada Dada Dada – 1914-1970, de Mário Cesariny, a publicar; Capítulos seguidos de O Morgado de Fafe, de Camilo Castelo Branco, com Prefácio de Jorge de Sena, a publicar.    

Antologias: 35 Poemas Para 35 Anos de Independência, 2010; Antologia Pessoal da Poesia Angolana, a publicar; Poesia Tradicional Angolana: Uma Antologia, a publicar. Nova Antologia do Humor Português, a publicar.  

  

Está representado nas seguintes antologias, obras colectivas ou livros-catálogo: Vozes Poéticas da Lusofonia, de Luís Carlos Patraquim, 1999 [Org.]; António Prates: Percursos de Um Sonho. Fotobiografia, de Alexandra Silvano Prates e António Prates [Org.], 2007; Sonhos d’Agora e Também d’Outros Tempos, de Roberto Chichorro, 2009; Divina Música: Antologia de Poesia Sobre Música, de Amadeu Baptista, 2009; Coletânea Prêmio OFF FLIP de Literatura 2009, de Ovídio Poli Junior [Org.], 2010; Pensando África. Literatura, Arte, Cultura e Ensaio, de Carmen Lucia Tindó Secco, Maria Teresa Salgado e Silvio Renato Jorge [Org.], 2010; Histórias Pintadas de Azul, de Roberto Chichorro, 2010; Hinc Illae Lacrimae! – Studi in Memoria di Carmen Maria Radulet, 2 Vol. A cura di Gaetano Platania, Cristina Rosa e Mariagrazia Russo, 2011; Conversas de Homens no Conto Angolano: Breve Antologia (1980-2010), de António Quino [Org.], 2011; Balada dos Homens que Sonham: Breve Antologia do Conto Angolano (1980-2010), de António Quino [Org.], 2012; Da África e Sobre a África: Textos de Lá e de Cá, de Emilia Machado, Mariucha Rocha, Ninfa Parreiras e Vânia Salek [Org.], 2012; Depois do Silêncio: Escritos Sobre Bartolomeu Campos de Queirós, de Lucilia Soares & Ninfa Parreiras [Org.], 2013; A Arqueologia da Palavra e a Anatomia da Língua: Antologia Poética, de Amosse Mucavele [Org.], 2013; Mögen Pitangas Wachsen. Literatur aus Angola: Ein Zweisprachiges Lesebuch (Antologia Bilingue Português-Alemão: Oxalá Cresçam Pitangas. Literatura de Angola: Um Livro Bilingue). Herausgegeben von Ineke Phaf-Rheinberger; Übersetzung aus dem Angolanischen Portugiesisch: Bárbara Mesquita, Leipzig: Poetenladen, 2014; Afeto & Poesia. Ensaios e Entrevistas: Angola e Moçambique, de Carmen Lúcia Tindó Secco, 2014; Mapas Literários: O Rio em Histórias, de Ninfa Parreiras [Org.], 2015; Pássaros de Asas Abertas. Antologia de Contos Angolanos, de António Quino e Margarida Gil Reis [Org.], 2015; Angola 40 Anos −40 Contos – 40 Autores, de Arlindo Isabel [Org.], 2015; O Sol É Secreto. Poetas Celebram Eugénio de Andrade, de Carlos d’Abreu, Luís Maçarico e Pedro Salvado [Coordenação], 2019;  Cartas Sem Resposta, de Ninfa Parreiras [Org.], 2020; E de Súbito É Noite: Caderno Pandémico, A Corja [Org.], 2020; Ao Ouvido de Um Moribundo: Uma Antologia Desesperada da Poesia Portuguesa, de Nuno dos Santos Sousa [Org.], 2020; Pandemia Não Rima com Poesia, de Valdeci Duarte [Org.], 2020; Entre a Lua, o Caos e o Silêncio: A Flor: Antologia da Poesia Angolana, de Carlos Ferreira e Irene Guerra Marques [Org.], 2021; Literatura e Cultura em Tempos de Pandemia, UCCLA [Org.], 2021; Antoloxia do Confinamento: Poetas Galegos e Portugueses, de Elisabeth Oliveira, Xaime Toxo, Carmen Quinteiro e Antón Sobral  [Coordenação], 2021.




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