Cultura

Céus, ó céus! | Xico Simonini

Foto de Kenrick Mills na Unsplash

Seja aqui ou acolá, seja cá ou lá.

 

Com a palavra os alfarrábios vários contando, para quem quiser ouvir, suas verdades, veras e veracidades. Cada qual no seu cada qual determinando, denominando, designando e descrevendo acolhedores e inquestionáveis espaços no infinito da eternidade infinita.

 

Nessa circunstância, todo reles mortal, ao deixar de ser reles, será contemplado com a tão sonhada fantástica imortalidade. Apesar das lágrimas, choros e lamentos de seus iguais, para trás deixados, se merecedor for, seguirá rumo ao Paraíso.

 

Aqueles tais e quais recantos e cantos, lugares onde permanecem as almas dos bem-aventurados. Aqueles lugares plenos de delícias, onde reina a felicidade, a paz, o sossego. O eterno troféu, entregue a cada alma, para o desfrute de sua eterna felicidade, inda que para alguns, a existência da necessária reencarnação ou processos outros.

 

Ontem… Hoje… Amanhã…

 

Das cavernas aos castelos… Dos urbanos aos rurais… Das cidades   aos campos.

 

Primitivo ou civilizado… Bronco ou sensível… Ignorante ou erudito… Analfabeto ou letrado…

 

A possiblidade do Etéreo Mundo da Felicidade conquistado ao cessar a vida vivida no Real Mundo das Agruras.

 

Todos, indistintamente, aspirando, desejando e pretendendo erguer o eterno troféu da eterna felicidade, fazendo jus à eterna triunfal coroa.

 

Mas, porém, contudo, todavia, entretanto e no entanto, dentro do dogma, mistério e doutrina de cada qual, no cada qual, determinado, denominado, designado e descrito espaços no infinito da eternidade infinita.

 

Por isso… Por então… Por conseguinte…

 

A alma dos Católicos ganhará o Reino do Céu para viver com Deus ou viver na graça e alcançar a felicidade perfeita na contemplação de Deus.

 

O Jannah será o destino das almas dos Islamitas, o lugar demarcado para todos aqueles que eram virtuosos na terrena vida.

 

Os Hinduístas terão suas almas acolhidas pelo Monte Meru, após as reencarnações necessárias, local pleno de sol, habitado por Deuses  e Divinas Almas.

 

Serão guindadas ao Nirvana as almas dos Budistas? Sim! Ou qualquer um pode experimentar a felicidade celestial se se levar uma vida terrena nobre e racional e sua mente repousar nas quatro Moradas Divinas.

 

As almas dos Espíritas? Vivem em níveis vibratórios onde cada qual será mais infeliz e sofredora ou mais feliz e ditosa conforme o resultado de suas atividades anteriores.

 

Umbanda e Candomblé pregam que os espíritos se submetem a descargas emocionais intensas antes de retornarem à senda reta e luminosa, o caminho que conduz aos níveis vibratórios positivos.

 

Céus… Ó Céus! Céus?

 

Quantos tantos quantos existirem para quantas tantas quantas Religiões.

 

Ópios… Ó ópios! Ópios?

 

Quantos tantos quantos existirem para quantas tantas quantas Esperanças.

 

Cesse tudo que a anterior Vida viveu… 

 

Continue tudo que a vindoura Vida viverá…

 

Declaradas… Veneradas… Almejadas… Exuberantes paisagens. Declaradas… Veneradas… Almejadas… Exuberantes vibrações. Paisagens Infinitas… Infinitas Vibrações…

 

No Infinito da Imensidão Infinita… Distante do Real Mundo das Agruras… Desfrute do Etéreo Mundo da Felicidade…

 

fotografia de Xico Simonini

Francisco Simonini da Silva (Xico Simonini)  nasceu em Viçosa, MG, no dia 18 de novembro de 1941. Em sua cidade natal, em Belo Horizonte (MG), Florestal (MG), Pará de Minas (MG), Divinópolis (MG), Piracicaba (SP), Assis (SP), Primeiro de Maio (PR), Juiz de Fora (MG), Cataguases (MG), Ponte Nova (MG) e, recentemente em Santo Antônio de Pádua (RJ) construiu sua trajetória de professor e administrador do sistema educacional, além de marcante atuação na imprensa e na militância político-partidária. Aposentou-se como professor-adjunto na Universidade Federal de Viçosa (UFV), onde exercia suas funções no Departamento de Educação, do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes. Vem atuando, há mais de cinquenta anos, no sistema educacional público e privado (da educação infantil à pós-graduação), no ensino, pesquisa, extensão e administração. Por iniciativa individual ou coletiva participou da fundação de uma dezena e meia de escolas e cursos em todos os níveis. Sua trajetória é marcada por vigorosa atuação política, partidária e sindical e em campos diversos, como músico, desportista, comentarista esportivo, escritor, poeta, chargista e responsável pela publicação do semanário viçosense “Muzungu”.

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